Saturday, March 28, 2015

Intervalos


Uma dúzia de anos
E nossas vidas se cruzaram como eclipses
Encontros raros
Únicos a cada ciclo

Sol e Lua
Uma eternidade desencontrada

Da ponta dos dedos saíram os toques
As carícias mais suaves
Mas também nossas palavras
Doces, amargas
Salgadas
Limitadas

Com a primeira lágrima, veio também a última
E mais um ciclo se finda
E mais uma cicatriz permanece
Dessa vez não parti
Continuo aqui

Dói, porque o corte é profundo
Porque dividimos o mesmo Mundo
Esse remédio amargo que não cura
Que só deixa de doer quando vira superfície
Dizem que logo se acostuma
Que o remédio fica doce
Que um amor placebo é capaz de sarar um desamor

Eu e tu nunca fomos nós
Serei nós agora

Vambora!
Aceitei a vida e as alegrias de viver sem ti
Que me fazia Eu
Que Eu fazia Tu
E que nunca nos fizemos
Mas agora seremos!




No comments: